31 março 2011

O Preconceito

Normalmente eu gosto de evitar esse assunto, por receio de ter sempre que voltar a ele, mas, dessa vez, o que estão fazendo com o Bolsonaro me parece ser de uma covardia sem tamanho.
Afinal de contas, nesse nosso paiseco, as pessoas têm ou não têm direito de ter opinião? Sem querer entrar no mérito das opiniões do deputado ou da cantora, eu acho que eles têm direito de divergir. As minorias estão falando de maneira ensurdecedora. A voz esganiçada dos gays quer se sobrepor a todas as outras vozes.
Não acredito que tenho havido racismo na resposta que ele deu à Preta Gil. Ele argumentou que se confundiu com a pergunta, imaginando que estavam no mesmo assunto dos gays, então quando perguntado qual seria a sua reação se um filho se apaixonasse por uma negra, entendeu que estavam perguntando a sua reação a uma possível paixão por um gay.
Não é difícil que isso tenha acontecido, as perguntas são editadas e feitas de forma atabalhoada. Bolsonaro argumentou que foi entrevistado por um laptop.
Se isso é verdade, e eu estou propenso a acreditar que seja, até porque o deputado não tem o costume de desmentir o que disse, a filha do ex-ministro está se aproveitando da situação, os deputados estão aproveitando pra fazer uma média com as minorias, a imprensa está capitalizando a polêmica, e nós estamos assistindo.
O outro assunto, a questão da homofobia, será que já não podemos discordar, nem em pensamento, da pregação homossexual vigente? Temos todos que concordar que ser gay é bom? Que é motivo de orgulho? Será que alguém pode ser processado por achar melhor a heterossexualidade? Eu nem estou falando em atos de agressão à pessoas homossexuais, eu estou falando no campo das idéias. Teremos todos que defender a posição dos gays? Aceitar a idéia de que possam adotar crianças e criá-las como se pai e mãe fossem?
Desculpem, mas não acho que seja preconceito discordar disso tudo. Eu quero ter o direito de achar melhor do outro jeito, que sempre funcionou.
Claro, não podemos ser contra a existência deles, mas não devemos incentivar. Não temos o direito de dizer as nossas crianças que tanto faz, ou até, como vemos hoje em dia, que é melhor o caminho do "arco-íris".
Já a questão dos negros, eu tenho que dizer que acho que os negros são os maiores racistas que existem. Eles discriminam muito mais que as outras raças. Mas, será que também não podemos discordar da maneira como esse assunto é tratado? Eu posso ser chamado de branquelo, mas não posso chamá-los de crioulos? Eles devem ter direito a uma cota para estudar, mesmo sem ter condições intelectuais melhores que os oponentes?
Vamos acabar com a hipocrisia. Afinal, precisamos de cérebros ou de molduras? Cérebros não têm cor.

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