07 junho 2005

Aliás, e a propósito

Essa foi garimpada pela Márcia Peltier, em sua coluna do JB: uma frase de O inverno de nossa desesperança, de John Steinbeck. ''Quando uma luz se apaga é muito mais escuro do que se jamais houvesse brilhado''.

06 junho 2005

Hoje é Segunda-Feira

Triste dia. As segundas-feiras, que tradicionalmente sempre foram dias de preguiça, dias mornos, sonolentos, passaram a ser, de uns tempos pra cá, dias nervosos, tensos, escandalosos.
Raramente, nestes novos tempos petistas, conseguimos passar a segunda-feira sem um novo escândalo, uma nova denúncia. Não que os tempos psdbistas fossem um primor, mas as coisas agora, estão sem qualquer limite. Não bastassem os Waldomiros, os Delúbios, indivíduos sobre os quais não tínhamos informações consistentes, não conhecíamos o passado, agora temos denúncias que envolvem pessoas que sempre admiramos, respeitamos, invejamos o caráter e o passado de lutas. Pessoas "acima de qualquer suspeita".
A denúncia feita pelo deputado colorido, é de gravidade maior do que aquela que destituiu o seu mentor. Se naquela oportunidade, os envolvidos eram o Presidente da República e o seu tesoureiro, nesta, boa parte do Legislativo vendia sua independência por 30 dinheiros continuadamente, afinal era uma mesada. A coisa estaria acontecendo desde 2003. Alguns importantes ministros teriam sido avisados, inclusive o "todo poderoso". Podemos acreditar que nenhum deles tenha comentado com o chefe? Considerando que não tenham comentado, a atitude que esperamos do chefe é começar a chorar ao saber da denúncia????
É gravíssima a crise. A falta de controle do presidente, o seu deslumbramento pelo poder, a sua desídia explícita, a sua pusilamidade assustadora, são sintomas de uma doença que vai atacando o caráter, minando as crenças, moldando a personalidade, transformando o indivíduo em refém da sua própria sombra escura.
Estamos ficando sem reservas morais. Estamos carentes de bons exemplos para os nossos filhos.
Já não temos ilusões quanto ao futuro. 2006 vem aí. E daí?