O desabafo que eu vou publicar aqui, é de um cidadão que, cada vez mais, faz parte da minoria.
Minoria que fala, que reclama, que desabafa. Minoria que pensa, se indigna, e consegue ter noção do problema. Essa é a democracia latino-americana. Eles têm os direitos, nós temos os deveres.
Ah! Em tempo. O cidadão que assina a carta é meu irmão.
Pois é, fui multado. Estou sendo penalizado porque ensinei ao meu filho, um jovem de 24 anos, que parar num sinal, de madrugada, no Rio de Janeiro, é perigoso.
Fui multado. Ou melhor, ele foi. Mas, como dizer a ele que a responsabilidade pela infração não é minha, se eu mesmo lhe ensinei (e recomendei) que fizesse isso?
Recebo uma bela fotografia da traseira do meu carro, com informações sobre a data, hora, local de infração, velocidade (20 Km/h), artigo do código em que fui enquadrado, grau da infração (gravíssima), sete pontos perdidos na carteira e - cortesia do “órgão autuador” - desconto de 20% no valor da multa, se eu pagar em até 2 meses. Que maravilha! Penso. Tem desconto!
Paro para avaliar, reflito sobre o que sei sobre este assunto:
- Os equipamentos são terceirizados. Uma empresa (licitada?) pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, instala, opera, mantém e explora o negócio (ou não é um negócio?);
- Ouço dizer que o negócio é extremamente rentável (para quem explora, assim como para quem concede);
- Você pode recorrer, mas não conheço ninguém que tenha conseguido o “perdão” (o que não quer dizer que não seja possível). Para recorrer é necessário anexar uma série de documentos, carimbos, no melhor estilo “burrocrático”;
- O próprio Governador do Estado (ou o Comandante da PM) já declarou que parar à noite em sinais de trânsito na cidade do Rio de Janeiro é perigoso. Basta abrir qualquer jornal para saber que ele está falando a verdade;
- O prefeito declara que tem R$ 5 bilhões de reais em caixa para “brincar” de administrador ao final do seu mandato (e conseguir iludir seus futuros eleitores, como é de seu costume). Imagino qual a participação de nós, infelizes motoristas-cidadãos (palavra da moda) da cidade que já foi maravilhosa, para ele ter conseguido esse valor faraônico (por que está guardado em caixa, se a cidade está um lixo?);
Me questiono:
Por que estou sendo punido? Por defender minha própria vida? Este não é o único direito inalienável do ser humano? Lá atrás, quando os primeiros pensadores estabeleceram as bases da civilização, do Estado de Direito, não ficou combinado assim? Então eu devo correr risco de vida para não contrariar a “camerazinha” instalada no sinal de trânsito, que me vigia 24 horas por dia? E quem vigia o assaltante? Onde estão as “camerazinhas” e o aparato eletrônico para vigiá-lo?
Aí, o meu pensamento deriva:
Onde está o poder público, que tem a obrigação de me defender? Onde estão sendo empregados os bilhões de reais recolhidos de impostos? Por que eu entrego cerca de 47% de tudo o que ganho para serem geridos pelos “governantes” (federais, estaduais e municipais)? Não há dinheiro para pagar um guarda que me dê segurança à noite na cidade? De que me serve toda a estrutura pública existente? Quem paga o salário de quem? Quem é o patrão? Deveria ser eu e os milhões de pobres coitados que formam o contingente de cidadãos de terceiro mundo, enézima classe, e que tiveram a infelicidade de nascer neste país.
Mas, espere aí: sempre foi assim? Deverá ser sempre assim? Não. Deve haver um meio, uma fórmula, um remédio capaz de nos livrar dessa situação.
Volto a pensar: quem está me punindo? O Poder Público. E quem é esse Poder? É aquele que deveria receber meus impostos e prover Educação, Saúde e Segurança para mim, meus filhos e todo o povo brasileiro. Deveria investir em infraestrutura e serviços em meu benefício e no de todos os brasileiros. Ah, como eu gostaria de ser punido por ESSE Poder Público, por ter contrariado uma regra estabelecida para o bem da sociedade. Eu estaria consciente de ter quebrado o contrato social e pagaria com satisfação por ver que existem regras e um poder coercitivo que, em nome de TODOS, toma providências para melhorar a vida de TODOS. Eu teria, portanto, consciência de viver em um país civilizado.
Mas, voltando ao tema, quem está me punindo? Um Poder que só utiliza a coerção em mão única (na minha direção). Que não cumpre sua parte no contrato. Ajudem-me os advogados: quando uma das partes não cumpre o que foi pactuado, o contrato não é nulo? A outra parte não fica desobrigada também do cumprimento? Ah, dirão, isso é do direito comercial, o direito público não é assim, as regras são outras. Quem nunca viu um carro da PM “furando” um sinal (sem sirene, lógico, porque com sirene, é até aceitável)?
Cada vez mais encurralado, busco uma saída: as leis! Sim, as leis! Elas não são feitas para nos proteger? Mais uma vez desanimo. Quem faz as leis? São pessoas de caráter, escolhidas entre os melhores para representar os contratantes? E essas pessoas, que fazem as leis, as cumprem? Ah, meu Deus, que desânimo!
Começo a me desesperar: O que estamos fazendo com o nosso país? Estamos entregando a uma (várias) quadrilha(s) quase a metade do que ganhamos, fruto do nosso trabalho honesto, para ser utilizado por eles a seu bel-prazer (e bota prazer nisso – vide as reuniões das mansões em Brasília, filhos bastardos, vítimas de erros de percurso), sem retorno visível para nós (a não ser migalhas). Além disso, esses nossos “representantes” quando se reúnem, votam leis contra nós, fazendo exatamente o contrário daquilo para o qual foram contratados!
Alguns me dizem: o processo democrático é a única maneira de resolver o problema. Será? Penso nas favelas do Rio de Janeiro. Se houvesse uma eleição por lá, alguém tem dúvida de quem seria eleito? Não é mais ou menos isso o que se passa conosco? E, depois, o rei (chefe do tráfico) não faz suas leis à revelia dos súditos?
É isso o que está acontecendo conosco? E a solução é o processo democrático? Nós realmente estamos vivendo numa democracia? Ou estamos na ditadura da bandidagem? Eles tomaram conta do país! Nós “perdemos”!
Contra o Poder, só outro Poder igual ou superior. Alguém pode instintivamente pensar que falo dos militares. Não, esses já provaram não ser solução (ao menos permanente, talvez temporária). O único Poder que eu consigo vislumbrar é o da Educação. Pessoas educadas, cultas, conscientes dos seus direitos (e, principalmente, deveres) têm o Poder de mudar as coisas.
Educação, educação, educação. Aumenta o meu desespero ao pensar nessa solução. Penso no Presidente...
Não é preciso dizer mais nada...
Talvez, se eu conseguir convencer minha empregada a votar melhor na próxima eleição...
Ouvi dizer que numa cidade da Espanha, os moradores destruíram todos os “pardais” a pauladas (quem sabe se conseguimos aumentar a cota de espanhóis por aqui?...).
Não posso deixar de mencionar também, o excelente artigo da jurista e jornalista Samantha Buglione, o qual também recebi por e-mail, e que reproduzo abaixo: ========================================================= O Exército na Berlinda
Samantha Buglione
Virou lugar-comum criticar a presença do Exército nas favelas do Rio de Janeiro. Não sei se isso decorre da lembrança da ditadura ou da mania de elevar o senso comum à condição de saber especializado. Uma vez que as violações de direito humanos continuam, inclino-me por esta última hipótese.
A Constituição estrutura um sistema de segurança pública no qual as Forças Armadas estão no topo da pirâmide, no sentido de ser o último bastião da manutenção da lei e da ordem. Utilizar as Forças Armadas pressupõe que todo o resto tenha deixado de funcionar em termos de recursos materiais, hierarquia e estratégia. Há também, na legislação, requisitos formais que precisam ser cumpridos para que se possa valer do Exército no âmbito da segurança interna.
Se as polícias e a Força Nacional estão estruturadas, não há razão para convocar as forças de defesa. É, no mínimo, uma rendição simbólica do Estado solicitar o apoio das Forças Armadas, principalmente quando se sabe que até milícias de policiais aposentados conseguem tomar uma favela e expulsar traficantes.
A questão, contudo, tem sido abordada por muitos no sentido de o Exército ser despreparado, truculento, autoritário, sem condições de atuar em ambiente urbano. Mesmo que isso fosse verdade (e não é), seria uma contradição absurda. Teríamos, então, que pedir ajuda estrangeira? Vale lembrar que a missão internacional de garantia da paz mais bem-sucedida no Haiti até hoje está sendo conduzida pelo Brasil. Países supostamente mais preparados, como França e Estados Unidos, não conseguiram obter resultados tão favoráveis.
As Forças Armadas brasileiras, em termos de recursos humanos, têm uma das melhores forças especiais do mundo - as vulgarmente conhecidas tropas de elite. Ocorre que uma vez que uma operação assume um caráter militar, o êxito exige regras universais e aí se esbarra no jeito brasileiro de ser. Não é possível "meias medidas", com políticos dando palpite, especialistas de plantão aprovando ou condenando determinada ação.
Até mesmo o Judiciário deve limitar-se ao controle da legalidade, sem adentrar no mérito administrativo da ação militar em si. O outro problema é ter permitido que a sociedade carioca tenha chegado a esse ponto e achar que o Exército pode dar conta de tudo, fazendo o mesmo papel que todos os outros já tentaram fazer. Não se pode tomar uma ação isolada de alguns soldados e condenar uma instituição inteira por isso.
Não estou justificando as mortes dos civis, mas alertando para outras questões: 1) o Exército é preparado tecnicamente para a ação e 2) o chamamento do Exército é um sintoma do fracasso da administração política para a questão da violência, por enquanto, no Rio de Janeiro. Tampouco defendo que a ordem e a vida civil sejam gerenciadas pelo Exército, apenas tento, aqui, problematizar as críticas e suas razões.
Se o erro de uns representa toda a instituição, por essa lógica teríamos de fechar para sempre a Câmara Municipal de Florianópolis. Veja a Igreja Católica, por exemplo. O Exército é uma das mais tradicionais e antigas instituições brasileiras. E como qualquer instituição histórica, conta com muitos erros e acertos. A formação dos quadros do Exército é de dar inveja a qualquer empresa privada. Pode parecer irônico por conta de nosso passado recente, mas nesse mundo globalizado, onde tudo é lucro, talvez o Exército seja uma das últimas trincheiras de um dever cívico. Ao menos, ainda é um espaço em que se fala em Estado-maior, hierarquia, respeito à Constituição e por aí vai.
A morte dos civis na favela do Rio é um sintoma, mas um sintoma de um problema muito maior que, certamente, não começou com a subida do Exército no morro. Se o Exército errou na ação é porque erramos todos na questão da violência urbana. Com panos quentes no consumo elitizado das drogas, com vistas grossas à violação de direitos fundamentais, com uma memória curta para a corrupção e negociações politiqueiras que alimentam favelas, miséria, tráfico e pobreza e tiram, de qualquer sociedade, a capacidade crítica de pensar civicamente.
É completamente inconcebível que se queira imputar ao Exército Brasileiro, a responsabilidade pelo que ocorreu nos morros da Providência e da Mineira, no Rio de Janeiro. Se formos por esta linha, teremos que condenar a Igreja Católica, pelos padres pedófilos, e que dizer do Congresso Nacional?, etc... Mesmo que se possam responsabilizar os soldados que entregaram bandidos de um morro, para bandidos de outro morro, o grande responsável pelo acontecido é o presidente da República, que contra todos os pareceres, e numa ação puramente eleitoreira em favor de seu aliado de momento, autorizou a presença do Exército no morro. Quero reproduzir aqui, matéria da jornalista Rebecca Santoro (que recebi por e-mail), com a qual concordo plenamente:
Que palhaçada é essa de todo mundo sair pedindo desculpas aos moradores do Morro da Providência no Rio de Janeiro, por causa de um assassinato cometido por traficantes rivais no Morro da Mineira, contra três jovens daquela comunidade, que provavelmente também tinham ligações com traficantes, depois de terem sido entregues a seus algozes por meia dúzia de garotos fardados, não sem justificativa, revoltados com o desrespeito atrevido e impune de criminosos a uma instituição como o Exército Brasileiro?
O comandante do Exército? O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste? O Congresso Nacional? Todo mundo pedindo desculpas? Por quê?
Se alguém tem que se desculpar, não só com aquela gente, embora também com ela, é o excelentíssimo senhor presidente da república, Lula da Silva, que, por acaso, só abriu a boca para classificar o episódio como "abominável" e para determinar que uma comissão da Secretaria Especial de Direitos Humanos investigasse o caso.
Abominável, senhor presidente? Abominável foi o senhor ter dado a ordem para que o Exército entrasse no morro da Providência para dar guarida a um projeto eleitoreiro de seu companheiro de ideais, o senador Marcelo Crivela, ignorando solenemente todas as recomendações em contrário, documentadas e devidamente assinadas, encaminhadas ao senhor, pelo seu Comandante do Exército, que o senhor deve achar que também chegou ao 'poder' sem muito ter trabalhado e estudado para isso - portanto, um bobalhão a quem não se precisa dar ouvidos. Ao agir assim, com plena consciência dos riscos que a operação representava, o senhor presidente atraiu todas as responsabilidades sobre estes riscos para si.
A notícia abaixo foi publicada hoje pela Folha, e me parece um absurdo essa discussão. Por definição, a TV por assinatura é mantida pelas mensalidades de seus assinantes. É como se um grupo de pessoas resolvesse se unir e comprar o conteúdo gerado por alguma emissora, e rateasse entre si a despesa. Claro que deveriam ser incluídas todas as despesas necessárias para fazer o negócio funcionar. A partir daí, qualquer receita que esta empresa tivesse serviria para diminuir o custo de seus assinantes. Mas, o que se vê por aqui? O valor da mensalidade que nós pagamos está entre os mais altos do mundo. Você não escolhe os canais que você deseja, livremente. Não. Você está preso a um pacote que inclui um monte de bobagens que você nunca vê. E, além de tudo, você paga pra eles te dizerem que carro você deve comprar, qual margarina, pasta de dentes ou refrigerante você deve consumir.
Ô, Jorge Bittar, para de ser besta e faz o seu trabalho direito. TV paga não tem que ter comercial porra nenhuma, e se tiver, a receita tem que servir para baixar o preço pra nós. A gente quer ter o direito de escolher, um por um, todos os canais que compõem o nosso pacote, e saber o preço de cada um deles. A gente não está interessado em reserva de mercado pra programação nacional, não. Quem quiser, que assine a TV Brasil, o canal Brasil, a TV Futura, etc...
Um dos principais motivos de desagrado com a TV por assinatura, a publicidade nos canais pagos poderá ter limite. O assunto está sendo discutido na Câmara dos Deputados, onde tramita o PL-29, que visa reorganizar toda a legislação do setor, instituir a abertura desse mercado às teles e criar cotas de conteúdo nacional. A fixação de um percentual de propaganda na TV paga rachou emissoras de TV aberta e programadoras de canais. Inicialmente, o PL-29 propunha uma média de 25% de propaganda nos canais pagos, mesmo limite da TV aberta, com tolerância de até 30% nos horários de pico. Parece muito, e é, mas 25%, ou 15 minutos por hora, é menos do que alguns canais praticam atualmente. Anteontem, por exemplo, o Sony exibiu 20 minutos (33%) de propaganda e chamadas durante uma hora de "Grey’s Anatomy". Há canais que exibem mais publicidade ainda. A Abert (associação das redes) protestou contra os 25% na TV paga. As emissoras abertas temem perder publicidade para os canais pagos, principalmente os controlados pela Globo. Algumas querem limitar a no máximo 15% o tempo. O tema divide a própria Globo. Sua programadora, a Globosat, defende 25%. Mas executivos da rede querem 10%. Pressionado, o relator do PL-29, Jorge Bittar (PT-RJ), deve recuar dos 25%. Já tem uma proposta alterando o limite para 10% de média diária, com até 15% nas horas de pico. Mas esse percentual deve ser alterado. A tendência são os 25%.
Os 2 meses, de que eu falei no post de abril, acabam hoje. E eu não postei nada. Deixa eu tentar dar uma atualizada. Já estou morando definitivamente em BH, porém ainda no apartamento da minha sogra. Mas, já comprei o meu. A reforma começa na próxima segunda-feira, e deve durar de 45 a 60 dias. Quando eu comprei me deu um alívio danado, pensei que o pior já tinha passado. Que nada! Estou há 1 mes envolvido com orçamentos, pesquisa de material, arquiteta, quebração de paredes pra ver o que tem atrás, etc..., e sei que vou ficar os próximos dois no mesmo ritmo. Mas, eu estou gostando muito da cidade. Já tinha perdido o costume de andar em ruas, com prédios numerados (lado direito, par - lado esquerdo, ímpar), entrar num boteco e tomar um café, ouvir que o trânsito "tá agarrado", comprar bloquinho de "zona azul", chegar na janela do 14o andar e ver a avenida Afonso Penna, linda e comprida, atravessar ruas que embora paralelas a maior parte do tempo, de vez em quando se cruzam em mais de um lugar (típico de BH). Sou forçado a reconhecer que a administração pública tem funcionado muito bem por aqui. As ruas estão constantemente limpas, a polícia está a maior parte do tempo nas ruas, os sinais funcionam e são poucos os que desrespeitam, tem muitos restaurantes bons, centenas de bares agradáveis e por aí vai... De resto, os preços são praticamente os mesmos de Brasília, e o trânsito é muito pior. Ah! Não posso deixar de dizer que estou com muitas saudades da minha turma. Outro dia fiquei bem contente com uma ligação do baixinho, que me contou as novidades e falei também por telefone com o Geninho e com o Maletta, que fez aniversário na semana passada. Melhorou um pouquinho a saudade.
Desde o dia 14 de fevereiro eu não posto nada no meu blog. São mais de meses de completa inércia bloguiana, mas foram 2 meses de muito trabalho e aporrinhação (aliás, eu não vejo essa palavra desde meados do século passado). Seguinte: este blogueiro que vos fala está de mudança para Belo Horizonte (ou Beagá, como eles falam). A trabalheira que dá procurar apartamento, ainda mais numa cidade que você nem conhece bem, vocês não fazem idéia. Ou fazem, sei lá! Mas, é alguma coisa insana. Eu estou desde fevereiro passando 2 semanas em BH e 1 fim de semana em Brasília. Já vi, até agora, 110 apartamentos e 1 casa, e não é que eu não tenha gostado de nada, eu até gostei de alguns, mas quando eu gosto, ou a minha mulher não gosta, ou o vendedor desiste. Não é brincadeira, 3 vendedores desistiram de vender o apartamento, antes de assinar o contrato de promessa comigo. Já estou achando que é algo pessoal! Atualmente eu estou instalado provisoriamente, num apartamento da minha sogra, na Av. Afonso Pena. Isso, quando estou em BH, porque em Brasília, eu estou instalado provisoriamente num apartamento da minha sogra, na Asa Norte. Quem não tem sogra deve estar morrendo de inveja. Bem, eu só queria dar um alô pra todos, no tempo que eu tenho entre uma visita e outra, um corretor e outro, e o corretor já chegou e está lá embaixo me esperando. Tchau. Espero voltar aqui mais vezes nos próximos 2 meses (e, se não puder voltar, que pelo menos algués note).
Todo mundo conhece "What a Wonderful World", provavelmente o maior sucesso de Louis Armstrong, mas esse vídeo com a Eva Cassidy e Katie Melua ficou absolutamente fantástico.
Seguinte, eu estava navegando no Google procurando capas de CDs das duas, e acabei descobrindo um post do Blog "Login Style" que mostrava o vídeo do YouTube.
Esse dueto das duas só é possível através da tecnologia, já que Eva Cassidy morreu de câncer, ainda jovem em 1996, e seu maior sucesso foi o disco póstumo "Songbird" (lançado em 2001, um disco maravilhoso), e foi nessa época que Katie Melua ouviu pela primeira vez a voz que ela considera a mais bela voz feminina, e para quem dedicou uma canção em um de seus discos.
I see trees of green, red roses too I see them bloom for me and you And I think to myself, what a wonderful world
I see skies of blue and clouds of white The bright blessed day, the dark sacred night And I think to myself, what a wonderful world…
Se você quizer ver e ouvir este belo dueto, clique no video abaixo.
Agora à noite eu me deparei com uma manchete do Globo digital que dizia: Lula recomenda cautela com cartão de crédito. Imaginei, na hora, que era um recado aos 383 ministros que gastam o que querem com os cartões corporativos. Ledo engano. O cínico estava instruindo o ministro (qua qua qua) Luiz Marinho, da Previdência a orientar os aposentados a "evitar o endividamento através do cartão de crédito e do crédito consignado", afinal quando o ser humano normal usa o cartão de crédito tem que pagar a fatura (comentário meu). É ou não é muito cinismo? Muita falta de respeito com quem lhes paga o salário e todas as demais benesses.
O nosso querido intelectual e ministro, o quase italiano Gilberto Gil, deu declarações logo após o roubo no museu paulista, dizendo que "isso é obra de quadrilha internacional". De acordo com a revista VEJA "os autores do delito eram na verdade ladrões de carro que agiam na zona leste da capital paulista. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira, os policiais afirmam que nenhum dos criminosos tinha ensino fundamental completo, e menos ainda sabiam do valor das obras que roubaram." Os ministros desse (des) governo vivem dando palpite em tudo, e eu não lembro de um palpite certo.
O texto abaixo é do meu irmão, Erivaldo Almeida, e eu concordo com cada vírgula contida nele. =============================================================================
Caros amigos
Pela primeira vez, acho que encontramos uma maneira de atingir o nosso alcaide: no bolso.
Tenho refletido há tempos que somos completamente impotentes diante dos nossos governantes e que não adianta nos revoltarmos, pois não há o que fazer para que eles nos respeitem. Eles se elegem graças aos votos da grande massa ignorante, comprada com migalhas como bolsa-família, bolsa-escola, bolsa-tudo, e nós, os infelizes da classe média pagamos a conta.
São nossos empregados (pagos regiamente, fora o que retiram "por fora") e não nos dão a mínima satisfação. E nós pagamos a conta. Falamos, reclamamos, escrevemos para os jornais e eles não dão a mínima. Não é esse o "contrato social" que assinamos. Quando transferimos para essa corja o nosso direito, o mínimo que temos de ter em troca é respeito. Serviços de qualidade há muito não sabemos o que é. O atual Prefeito, em gestões anteriores, foi um pouco melhor do que seus antecessores e nós o reelegemos (ou ajudamos a reelegê-lo, ao menos no meu caso) por acreditar que seria o menos pior dos candidatos. E estamos vivendo assim, escolhendo o menos pior, pois quem elege mesmo é a maioria, que eles, sabidamente e deliberadamente, mantém na ignorância e com programas assistenciais (que nós pagamos).
Enquanto isso, vivemos em ruas esburacadas, vemos a nossa cidade maravilhosa crescer em número de favelas, em ocupações desordenadas, somos mal recebidos em qualquer repartição pública que entramos (quem já foi, sabe), vemos a indústria dos "pardais de trânsito" proliferar, lixo nas ruas, enchentes constantes ao primeiro sinal de chuva e nenhuma solução para os nossos problemas.
Finalmente, vejo uma possibilidade de mostrar que não sou idiota e deixar um recado aos próximos governantes: não pagarei o IPTU. Só o farei em JANEIRO de 2009, após a passagem de cargo. "Ele" ameaça com problemas na educação e na saúde? Dane-se! Eu pago a educação e saúde dos meus filhos, porque não existem em qualidade na rede pública. Os pobres vão sofrer? Não acredito, pois seria suicídio político (eles vivem á custa dos votos deles). Mesmo que ele tenha a coragem (o que não acredito) de cortar na educação e saúde, sinto muito, mas só vai provar que não merecia o cargo e não vai mudar nada mesmo porque já não funciona.
Eu PAGO, e PAGO BEM e quero serviço à altura. Não quero que meu "dinheiro suado" sirva para enriquecer vagabundos, corruptos que não cumprem o mínimo daquilo para o qual foram CONTRATADOS por nós, CLASSE MÉDIA, que pagamos a conta e não vemos os resultados.
CHEGA, BASTA!
Agora temos algo que fará com que o safardana pense duas vezes antes de nos desconsiderar. Ele não receberá o meu dinheiro, que ficará para o próximo. Se for safado também, saberá, ao menos, o que o espera ao fim do mandato. E assim por diante. Depois poderá ser o IPVA... e, infelizmente, não podemos fazer com o Imposto de Renda, porque já vem descontado, mas haveremos de encontrar um meio.
Não adiantam passeatas, gritarias, tomates e ovos podres, eles não se incomodam. Não adianta colocá-los nas primeiras páginas dos jornais, nas colunas policiais, eles são bandidos mesmo! Mas, desta vez, penso que temos algo que vai trazer prejuízo aos seus planos espúrios. Precisamos nos mobilizar. Estou pronto para pagar 20% a mais, desde que atinjamos essa canalha no bolso e, a julgar pelas últimas declarações do nosso alcaide, acho que acertamos na mosca! A hora é de união e mobilização. Vou depositar em poupança ou qualquer outro investimento as prestações do meu IPTU e só pagarei em janeiro, no próximo governo. Essa é a maneira que encontrei para manifestar minha indignação. A cada um fica o direito de sua própria decisão.
Mesmo que isso tudo não dê em nada, como é comum no nosso pobre país, eu tomei a minha decisão e utilizei do meu direito de manifestar-me.