25 junho 2008

TV Paga

A notícia abaixo foi publicada hoje pela Folha, e me parece um absurdo essa discussão. Por definição, a TV por assinatura é mantida pelas mensalidades de seus assinantes. É como se um grupo de pessoas resolvesse se unir e comprar o conteúdo gerado por alguma emissora, e rateasse entre si a despesa. Claro que deveriam ser incluídas todas as despesas necessárias para fazer o negócio funcionar. A partir daí, qualquer receita que esta empresa tivesse serviria para diminuir o custo de seus assinantes. Mas, o que se vê por aqui? O valor da mensalidade que nós pagamos está entre os mais altos do mundo. Você não escolhe os canais que você deseja, livremente. Não. Você está preso a um pacote que inclui um monte de bobagens que você nunca vê. E, além de tudo, você paga pra eles te dizerem que carro você deve comprar, qual margarina, pasta de dentes ou refrigerante você deve consumir.

Ô, Jorge Bittar, para de ser besta e faz o seu trabalho direito. TV paga não tem que ter comercial porra nenhuma, e se tiver, a receita tem que servir para baixar o preço pra nós. A gente quer ter o direito de escolher, um por um, todos os canais que compõem o nosso pacote, e saber o preço de cada um deles. A gente não está interessado em reserva de mercado pra programação nacional, não. Quem quiser, que assine a TV Brasil, o canal Brasil, a TV Futura, etc...

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TV paga poderá ter limite de propaganda

Um dos principais motivos de desagrado com a TV por assinatura, a publicidade nos canais pagos poderá ter limite.
O assunto está sendo discutido na Câmara dos Deputados, onde tramita o PL-29, que visa reorganizar toda a legislação do setor, instituir a abertura desse mercado às teles e criar cotas de conteúdo nacional.
A fixação de um percentual de propaganda na TV paga rachou emissoras de TV aberta e programadoras de canais.
Inicialmente, o PL-29 propunha uma média de 25% de propaganda nos canais pagos, mesmo limite da TV aberta, com tolerância de até 30% nos horários de pico. Parece muito, e é, mas 25%, ou 15 minutos por hora, é menos do que alguns canais praticam atualmente. Anteontem, por exemplo, o Sony exibiu 20 minutos (33%) de propaganda e chamadas durante uma hora de "Grey’s Anatomy". Há canais que exibem mais publicidade ainda.
A Abert (associação das redes) protestou contra os 25% na TV paga. As emissoras abertas temem perder publicidade para os canais pagos, principalmente os controlados pela Globo. Algumas querem limitar a no máximo 15% o tempo.
O tema divide a própria Globo. Sua programadora, a Globosat, defende 25%. Mas executivos da rede querem 10%.
Pressionado, o relator do PL-29, Jorge Bittar (PT-RJ), deve recuar dos 25%. Já tem uma proposta alterando o limite para 10% de média diária, com até 15% nas horas de pico. Mas esse percentual deve ser alterado. A tendência são os 25%.

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