Pelo que me lembro, no início dos anos 80 ainda não se falava em degradação do meio ambiente, piora da qualidade de vida, mudanças climáticas.
Pelo que me lembro, naquela época a violência ainda não havia iniciado a sua vertiginosa ascensão, para se transformar no que é hoje.
Pelo que me lembro, há 28 anos eu não tinha preocupações com o futuro dos meus filhos.
Acho que minha memória é que não é lá essas coisas. Essa canção, aí embaixo, foi escrita em 1980 e é inquietante até hoje.
Pelo que me lembro, naquela época a violência ainda não havia iniciado a sua vertiginosa ascensão, para se transformar no que é hoje.
Pelo que me lembro, há 28 anos eu não tinha preocupações com o futuro dos meus filhos.
Acho que minha memória é que não é lá essas coisas. Essa canção, aí embaixo, foi escrita em 1980 e é inquietante até hoje.
Ao Nosso Filho Morena (Oswaldo Montenegro)
Se hoje tua mão não tem manga ou goiaba
Se a nossa pelada se foi com o dia
Te peço desculpas, me abraça meu filho
perdoa esta melancolia
Se hoje você não estranha a crueza
dos lagos sem peixe, da rua vazia
Te olho sem jeito, me abraça meu filho
não sei se eu tentei tanto quanto eu podia
Se hoje teus olhos vislumbram com medo
Você já não vê e eu juro que havia
te afago o cabelo, me abraça meu filho
perdoa essa minha agonia
Se deixo você no absurdo planeta
Sem pique bandeira e pelada vadia
Fujo do teu olho, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei, mas você merecia.
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