06 abril 2011

E por falar em herança

Esta notícia foi publicada originalmente na coluna do jornalista Ivan Santos, no Jornal Correio de Uberlândia, citando como fonte o "Estadão":
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"O presidente Lula deixou um pepino enorme para Dona Dilma descascar. É como uma herança maldita. Trata-se de um abacaxi cruzado com pepino, ou seja: uma dívida de R$ 128,8 bilhões pra pagar. Este é problema mais sério do que o desequilíbrio das contas públicas que obrigou a presidente a anunciar um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da República. Esta história triste está na edição da última quarta-feira, do jornal “O Estado de S. Paulo”, que informou: “Foram restos a pagar deixados pelo Governo que teria maquiado as contas de 2010”. É um problemão fiscal de arrepiar qualquer governante, segundo um pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) que descobriu a maquiagem das contas do Governo. Ainda segundo o “Estadão”, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, “o Governo só pretende quitar R$ 41,1 bilhões dos atrasados em 2011”. As outras despesas não pagas – muitas ainda em fase inicial de contestação – deverão ser canceladas. Isto indica calote nos restos a pagar, situação que acendeu sinais de alerta no Congresso, porque a maior parte dos débitos refere-se a emendas parlamentares do Orçamento de 2010. Se as emendas forem congeladas, muitos parlamentares ficarão em má situação nas Bases Eleitorais, onde já anunciaram recursos para obras de interesse popular. Dona Dilma poderá, simplesmente, dizer: reconheço as dívidas, pagarei quando puder… se for possível.

Maquiagem

A prática de maquiar despesas e jogá-las para o futuro, segundo o pesquisador do Ipea, começou em 2003 e, em 2010, cresceu 24% em comparação com a mesma prática de 2009. Uma observação superficial leva à conclusão de que o Governo passado manipulou as contas a pagar a fim de ter mais dinheiro para garantir a distribuição de “bondades”.

Jogo de empurra

Ainda segundo “O Estado de S. Paulo”, “a política adotada foi empurrar as despesas para o futuro e assim melhorar o resultado fiscal de um ano. Essa prática vinha sendo utilizada desde 2003, quando o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ganhou a confiança do mercado após elevar a meta de superávit primário”. Manipulação pura!

Silêncio perigoso

A revelação do jornal paulista é surpreendente. Hoje, o que causa espanto é o silêncio no Congresso sobre o assunto. A Oposição permanece calada à espera da manifestação pública que não há, por falta de cobertura dos veículos de comunicação de massa sobre o assunto. Esta indiferença vai custar caro ao povo brasileiro!"

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Olha, é tanta imoralidade que fica difícil até comentar. Com certeza, esse deve ser o tal de fogo amigo de que tanto se fala.
Agora, imaginem se o eleito fosse o Serra. E se o Serra dissesse estas coisas.
Dá licença que eu vou ali vomitar, e já volto.

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