24 junho 2009

Cala a boca, Obama!

É fato! Podemos constatar diariamente. Nós perdemos a capacidade de indignação. Sao tantos fatos violentos, tantos escândalos diários, tanta manipulação dos (e pelos) órgãos de comunicação, que nós passamos a achar normal tudo o que acontece. Quem não tem um amigo, colega, ou coisa que o valha, que diante da conivência do presidente da República com a corrupção, diz: "Sempre foi assim... veja como o país está melhor... isso é coisa da imprensa... ele é o cara..." e por aí vai.
Eu não lembro de uma autoridade que tenha dito tantas barbaridades, acobertado tanta bandalheira, feito tanta bobagem e ainda assim continuasse nas graças do povo. Trata-se de um gênio. Embora um gênio do mal, é um gênio. Ele consegue apoio até para manter os impostos nas alturas, declarando que é preferível dar o dinheiro aos pobres, do que baixar os impostos.
Até no caso do terceiro mandato, ele se beneficia, e aos seus comparsas. Como estava claro pra todo mundo, inclusive para ele, que não havia tempo hábil para alterar a Constituição, escolheram o Genoíno para relator da emenda. Aí o "grande democrata", o "ilibado" deputado dá parecer contrário, com direito a discurso de que terceiro mandato é golpe. A imprensa engole e divulga, completando o circo.
Um exemplo de como a imprensa algumas vezes é mal intencionada, (sem querer entrar no mérito dos motivos) é a chamada de capa do site do jornal OGlobo, de hoje.
São 3 linhas, com links para as notícias:
"Presidente diz que crise não pode parar congresso"
"Lula defende impostos altos"
"Obama diz que Lula é um exemplo".
Parece bem claro, não? Ele minimiza (como sempre) a ilegalidade, aprova a extorsão de que somos vítimas através dos impostos imorais, mas o Obama acha que ele é um exemplo.
Olhando assim, parece que o presidente americano aprova as bobagens que o colega brasileiro comete. Pode até ser, afinal a cada dia que passa, mais o americano vai mostrando a que não veio. Mas, nesse caso, a notícia se referia a declarações de Obama sobre a América Latina, em que ele dizia que Lula e Bachelet (Chile) são exemplos de pragmatismo político para governantes de outros países. Se eu fosse a presidente do Chile, processava o americano pela comparação.
Nessas horas, a gente pode até pensar que se os militares brasileiros tivessem agido como os chilenos, nos idos anos 60, nós hoje não teríamos essa gente no poder.

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