12 janeiro 2009

A longa fila anti-semita

Talvez seja muita ousadia querer falar sobre esta guerra que vai rapidamente destruindo a Palestina. Talvez alguns dos poucos leitores ocasionais deste blog ocasional, queiram me mandar falar da novela das nove, ou da previsão do tempo.
Sei lá! Vou cometer essa ousadia, assim mesmo.
Infelizmente, tudo o que a maioria sabe é o que vê na TV, e o que se vê na TV é o forte Estado de Israel (Golias) massacrando (esse termo é usado o tempo todo) os coitadinhos dos palestinos (Davi). Esses, sequer têm um país.
Acho que devemos nos lembrar que, em 2005, Israel acabou com os assentamentos judeus na Faixa de Gaza, e devolveu aquela área aos palestinos, seus legítimos proprietários. O que foi feito então? Os palestinos, liderados pelos "gentis cavalheiros" do Hamas, ocuparam a área e passaram a se organizar para, nas suas próprias palavras, acabar com o estado judeu. Nessa empreitada contaram com o apoio, ou a simpatia, de alguns líderes geniais daquelas paragens, dentre eles destacando-se o "grande" presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, aquele mesmo que declarou que o holocausto foi um mito, e que o Estado de Israel é um tumor canceroso que deve ser extirpado.
Pois bem, desde 2005 já foram disparados cerca de 6 mil foguetes, pelo Hamas, em direção à Israel, segundo a BBC.
Para minar o poder do Hamas, Israel decretou um bloqueio econômico à Faixa de Gaza, e o intensificava cada vez que os ataques se intensificavam também.
As baixas provocadas pelos disparos são pequenas, em virtude do pequeno alcance dos artefatos, porém, com o contrabando de armas através de túnel na fronteira com o Egito, a organização está tendo acesso a cada vez mais modernos foguetes, e seu alcance tem aumentado, colocando em risco um número cada vez maior de civis israelenses.
Com o recrudescimento dos ataques do Hamas, Israel resolveu contraatacar (tá certo, pela nova ortografia?). E como fez isso? Usando todo o seu poder de fogo.
Ora, o poder de fogo de Israel é infinitamente superior, nós sabemos! Mas, afinal não se trata de uma decisão por penaltis, onde cada time tem que ter o mesmo número de jogadores. Trata-se de um massacre? Claro! Mas, como evitar massacrar a população junto com o Hamas? Ou se destrói a Organização, mesmo pagando o alto preço do massacre de civis, ou se assina um Tratado de Paz. A paz é possível? Parece que não! Com o Hamas no poder, à Israel não resta outra opção, senão a luta.
E, infelizmente, essa luta não vai acabar com a vitória na Palestina. Na fila ainda se encontram o Irã, o Líbano, etc, etc, etc.

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