08 fevereiro 2007

Depois da revolta, a vergonha.

O que se pode dizer dos animais que fizeram aquela barbaridade com uma criança de 6 anos? O que seria suficiente como punição para um crime hediondo como aquele? Serão humanos? Podem até ser, mas provavelmente são de outra espécie do gênero humano. Numa hora dessas não há o que dizer aos pais daquela criança, aos irmãos, avós, tios, vizinhos... Eles podem ser condenados a 30 anos de cadeia, mas, os nossos queridos juízes, obedecendo a lei, os libertarão com apenas 5 anos (1/6 da pena). E ainda tem um de 17 anos que provavelmente sairá da FEBEM quando fizer 18.
A nossa esperança é que um carcereiro conte aos outros presos, o que eles fizeram. Só assim, podemos economizar o dinheiro da comida da cadeia, pra esses filhos da puta.
Gente, no que se transformou a nossa cidade! No que nós nos transformamos. A insensibilidade é geral. Nós podemos ver nas pessoas que são entrevistadas pela televisão, que o tom de voz não é de indignação, não é de revolta, não é de vergonha. Estão todas anestesiadas, conformadas com a trágica situação em que nos encontramos.
É. Está cada vez mais difícil manter a esperança.

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