Há anos se discute, no Brasil, a separação entre o Estado e a Igreja. Formalmente, somos um país laico, porém, na prática, a interferência da Igreja (a Grande Igreja de Roma) na vida política e social do país é inegável.
Cotidianamente acompanhamos pela imprensa, declarações de autoridades da República fazendo eco aos dogmas ultrapassados da fé católica. Comportam-se como se estivessem saindo da missa, ainda com a mensagem fresca na memória.
Temos que reconhecer algum progresso nas atitudes governamentais. A distribuição de preservativos nos postos de saúde, por exemplo, é frontalmente contrária aos mandamentos do Vaticano. Porém, o mais surpreendente, é o patrocínio do Governo à discussão sobre o aborto. Esse governo nos surpreende a cada dia, (geralmente as surpresas não são boas) e contrariando a máxima do Millôr de que "de onde menos se espera, daí é que não sai nada", nos brinda com um ministro da Saúde com idéias arrojadas e trabalho, até aqui, impecável (impecável = sem pecado - olha aí mais uma influência da Igreja).
O próprio presidente deu declarações classificando o aborto como assunto de saúde pública.
A grande confusão que se faz hoje em relação ao aborto, é que os que são contrários a idéia, o fazem com o argumento do direito à vida. Mas a discussão não é sobre isso. Não se está cogitando tornar o aborto obrigatório, o que se discute é apenas o direito de , quando a mulher resolver abortar, (e isso ela já faz hoje) ter a assistência do Estado. Apenas isso. É possível que esta medida incentive o aborto? Sim, é possível, mas aí temos que contar com a ação do Ministério da Saúde, no aperfeiçoamento das medidas de planejamento familiar. Afinal, se a mulheres, principalmente as de classes menos favorecidas, tiverem acesso garantido a métodos contraceptivos, prefirirão este ao aborto.
O aborto deve ser o plano B, que a mulher só recorrerá em casos extremos.
O papa está chegando. Amanhã vai se reunir com Lula.
Será que não dá pra mandarmos o Temporão no lugar dele?
Cotidianamente acompanhamos pela imprensa, declarações de autoridades da República fazendo eco aos dogmas ultrapassados da fé católica. Comportam-se como se estivessem saindo da missa, ainda com a mensagem fresca na memória.
Temos que reconhecer algum progresso nas atitudes governamentais. A distribuição de preservativos nos postos de saúde, por exemplo, é frontalmente contrária aos mandamentos do Vaticano. Porém, o mais surpreendente, é o patrocínio do Governo à discussão sobre o aborto. Esse governo nos surpreende a cada dia, (geralmente as surpresas não são boas) e contrariando a máxima do Millôr de que "de onde menos se espera, daí é que não sai nada", nos brinda com um ministro da Saúde com idéias arrojadas e trabalho, até aqui, impecável (impecável = sem pecado - olha aí mais uma influência da Igreja).
O próprio presidente deu declarações classificando o aborto como assunto de saúde pública.
A grande confusão que se faz hoje em relação ao aborto, é que os que são contrários a idéia, o fazem com o argumento do direito à vida. Mas a discussão não é sobre isso. Não se está cogitando tornar o aborto obrigatório, o que se discute é apenas o direito de , quando a mulher resolver abortar, (e isso ela já faz hoje) ter a assistência do Estado. Apenas isso. É possível que esta medida incentive o aborto? Sim, é possível, mas aí temos que contar com a ação do Ministério da Saúde, no aperfeiçoamento das medidas de planejamento familiar. Afinal, se a mulheres, principalmente as de classes menos favorecidas, tiverem acesso garantido a métodos contraceptivos, prefirirão este ao aborto.
O aborto deve ser o plano B, que a mulher só recorrerá em casos extremos.
O papa está chegando. Amanhã vai se reunir com Lula.
Será que não dá pra mandarmos o Temporão no lugar dele?
Nenhum comentário:
Postar um comentário