20 julho 2012
Vou morrer de tanto vomitar.
Leiam.
Erivaldo
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Blog
Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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20/07/2012 às 6:41
VERGONHA E IMPUNIDADE – Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos, dá a sua grande contribuição à impunidade dos mensaleiros; TCU se desmoraliza! É um escracho! Vejam o que o atual ministro da Justiça tem a ver com isso
A história que vocês lerão abaixo tem aspectos verdadeiramente sórdidos e é coisa típica de República bananeira. A ministra Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União que foi, vamos dizer, “nomeada” pelo filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), armou uma patuscada no tribunal e foi seguida por seus pares. Leiam o que narra Marta Salomon, no Estadão. Volto depois.
O Tribunal de Contas da União considerou regular o contrato milionário da empresa de publicidade DNA, de Marcos Valério Fernandes de Souza, com o Banco do Brasil. O contrato é uma das bases da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o empresário mineiro no julgamento do mensalão, marcado para agosto. A decisão referente ao contrato de R$ 153 milhões para serviços a serem realizados pela agência em 2003 foi tomada pelo plenário do TCU no início deste mês, a partir de relatório da ministra Ana Arraes – mãe do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
O acórdão do tribunal pode aliviar as responsabilidades de Marcos Valério no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Principal sócio da agência DNA, o empresário mineiro é apontado como operador do mensalão. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com órgãos públicos e estatais serviam de garantia e fonte de recursos para financiar o esquema de pagamentos de políticos aliados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se da essência do escândalo, revelado em 2005. As denúncias desencadeadas pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) provocaram a queda das cúpulas do PT, do PP e do PL (hoje PR), além da cassação do mandato do denunciante e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo quem não houve compra de votos, apenas caixa 2 de campanha.
Em seu relatório, Ana Arraes argumenta que uma lei aprovada em 2010 com novas regras para a contratação de agências de publicidade pela administração pública esvaziara a irregularidade apontada anteriormente pelo próprio TCU. Um dos artigos da lei diz que as regras alcançariam “contratos já encerrados”. Esse artigo foi usado pela ministra do tribunal para considerar “regulares” as prestações de contas do contrato do Banco do Brasil com a DNA Propaganda Ltda.
Divergência
O voto de Ana Arraes, acompanhado pelos demais ministros do TCU, contraria o parecer técnico do tribunal. Procurador do Ministério Público junto ao TCU, Paulo Bugarin, defendeu, assim como o relatório técnico, que fosse reafirmada a condenação das contas em decorrência da apropriação indevida das chamadas “bonificações de volume”, uma espécie de gratificação paga pelos veículos de comunicação, valores que a agência DNA deveria ter repassado ao Banco do Brasil.
“Não vislumbro no presente caso a aplicação da lei que alterou o ordenamento jurídico, indicando como receita própria das agências de publicidade os planos de incentivo concedidos por veículos de divulgação”, afirmou ontem o procurador. “Não somente porque o contrato foi formalizado e executado antes da edição da nova lei, como em face da existência de expressa cláusula contratual que destinava tal verba ao Banco do Brasil”, completou Bugarin.
(…)
O TCU investigou 17 contratos de publicidade com órgãos e empresas da administração pública no período de cinco anos, entre 2000 e 2005. Relatório consolidado apontou prejuízo aos cofres públicos de R$ 106,2 milhões, produto de falhas de contrato ou irregularidades, como o superfaturamento de serviços. O relatório, aprovado em 2006, chegou a pedir o fim das publicidades institucionais no País.
(…)
Voltei
De uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério.
José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras.
Qual é o busílis?
O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou.
Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo!
Nada mais antigo do que o que se viu no TCU. Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Ana Arraes, Eduardo Ca
17 julho 2012
Collor
Será que só eu fiquei constrangido com a "entrevista" da rosane?
Será que só eu fiquei constrangido com as perguntas da (como é mesmo o nome dela?)
É o sentimento conhecido por "vergonha alheia".
Bruxaria, dedodurismo, 18 mil? Putaqueospa, que bosta!
TAM
Eu acho que o memorial que está sendo inaugurado hoje, em Congonhas, em homenagem aos 199 mortos no acidente da TAM, há 5 anos, deveria ser uma imagem do fradinho do Henfil, fazendo o seu famoso top top...
Talvez assim, ninguém mais esquecesse o marcoaureliogarcia se vangloriando.
Para nossa vergonha
Desculpem a edição. Não consegui fazer ficar bonito. Obrigado ao meu irmão, que mandou o texto.
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RESPOSTA DO PARAGUAI A POSIÇÃO
(BOLIVARIANA) BRASILEIRA (Traduzido)
__ "Não compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Juntos construímos o colosso de Itaipu,o tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história, em nome do quê?
Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e democrático como Pinochet.
Foi deplorável o papel do chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, Sr. Maduro, para ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçar lhe, com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção).
O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias.
Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui.
__ "Não compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Juntos construímos o colosso de Itaipu,o tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história, em nome do quê?
Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e democrático como Pinochet.
Foi deplorável o papel do chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, Sr. Maduro, para ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçar lhe, com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção).
O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias.
Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui.
Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa em
fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general Stroessner. Até meus filhos, crianças na época, sabiam que o golpe se avizinhava, que
estouraria a qualquer momento, menos o embaixador brasileiro, que descansa no
carnaval de Curitiba, sua cidade natal. Voltou às pressas, num jatinho da
FAB, para embarcar Stroessner rumo ao Brasil.
E a Argentina? Bem, a Argentina não tem embaixador no Paraguay faz alguns
meses? Ocupadíssima, Dona Cristina não nomeou seu substituto. País de
necrófilos, chamou um fantasma até a Casa Rosada para consultas.
O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. - Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por isso, Lugo não voltará.
(*) Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio.
Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de ?Prensa Confidencial?, influente boletim digital editado no Paraguai.
O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. - Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por isso, Lugo não voltará.
(*) Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio.
Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de ?Prensa Confidencial?, influente boletim digital editado no Paraguai.
Fonte: Foro do Brasil (07/07/2012)
15 julho 2012
É assim que funciona
Como tudo o que diz respeito a este sujeito, é sujo, desonesto.
Nunca soube a diferença entre o público e o privado, e continua não sabendo.
O artigo abaixo mostra mais um abuso desse marginal.
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Toda a parafernália para que o ex possa participar das campanhas do PT será montada no Instituto Lula, o mesmo que em seu estatuto se define como “suprapartidário”, “sem fins lucrativos” e “independente de estados, partidos políticos ou organizações religiosas”. Basta ir lá no site e conferir.
O site é uma pérola. A “missão” se contradiz com a confissão de peito aberto de que o Instituto não está ali para ser entidade pública. Traz notícias do apoio de Lula a candidatos petistas, fotos de eventos do PT e algumas - as “suprapartidárias” -, da visita de Fernando Henrique Cardoso ao Hospital Sírio-Libanês. São centenas de fotos.
Emblematicamente, não reproduz a do encontro Lula-Maluf, que selou o apoio do ex-prefeito a Haddad.
Da sede do Instituto, Lula gravará mensagens para São Paulo, e para cidades com conflitos ardentes, como Belo Horizonte e Recife. E também para alguns aliados como Eduardo Paes (PMDB-RJ). Isso é que é ser “suprapartidário”.
Não é de hoje que o Instituto Lula desrespeita a missão que criou para si. No início de maio, sua assessoria de imprensa assinou a nota oficial onde dizia que Lula “estava indignado” com a reportagem da revista Veja sobre a pressão do ex em cima do ministro do STJ, Gilmar Mendes, para adiar a data de votação do mensalão.
Ali, uma entidade que se diz pública tornou-se mais do que privada. Virou particular, voz do dono, e não do público. Agora, escancara, sem qualquer constrangimento, que também é partidária. E ativamente partidária.
Absurdos que, no mínimo, desautorizariam a concessão feita há pouco mais de dois meses para que o Instituto Lula instale sua sede no centro de São Paulo, onde pretende construir o Memorial da Democracia.
A proposta do prefeito Gilberto Kassab, feita quando Lula e ele estavam prestes a selar casamento, prevê a exploração, por 99 anos, de um terreno avaliado hoje em R$ 20 milhões. Um vexame para Kassab, que, com a oferta oportunista, colocou seus interesses acima dos da cidade.
Se privatizar o Estado em benefício próprio e dos seus foi praxe de Lula durante o exercício da Presidência, não se poderia esperar ação diferente do Instituto que leva seu nome. Agora, em campanha eleitoral declarada, mostra, sem qualquer pudor, a que veio. Afinal, é do Lula e Lula tudo pode. E ai de quem contestar.
Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan
Nunca soube a diferença entre o público e o privado, e continua não sabendo.
O artigo abaixo mostra mais um abuso desse marginal.
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Política
A Lula o que não é de Lula, por Mary Zaidan
Quem anunciou foi o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad: “Nós vamos instalar um equipamento, um estúdio, no Instituto Lula para que o ex-presidente não tenha de se deslocar para a produtora quando quiser gravar uma mensagem”. Ou seja, não há dúvidas.Toda a parafernália para que o ex possa participar das campanhas do PT será montada no Instituto Lula, o mesmo que em seu estatuto se define como “suprapartidário”, “sem fins lucrativos” e “independente de estados, partidos políticos ou organizações religiosas”. Basta ir lá no site e conferir.
O site é uma pérola. A “missão” se contradiz com a confissão de peito aberto de que o Instituto não está ali para ser entidade pública. Traz notícias do apoio de Lula a candidatos petistas, fotos de eventos do PT e algumas - as “suprapartidárias” -, da visita de Fernando Henrique Cardoso ao Hospital Sírio-Libanês. São centenas de fotos.
Emblematicamente, não reproduz a do encontro Lula-Maluf, que selou o apoio do ex-prefeito a Haddad.
Da sede do Instituto, Lula gravará mensagens para São Paulo, e para cidades com conflitos ardentes, como Belo Horizonte e Recife. E também para alguns aliados como Eduardo Paes (PMDB-RJ). Isso é que é ser “suprapartidário”.
Não é de hoje que o Instituto Lula desrespeita a missão que criou para si. No início de maio, sua assessoria de imprensa assinou a nota oficial onde dizia que Lula “estava indignado” com a reportagem da revista Veja sobre a pressão do ex em cima do ministro do STJ, Gilmar Mendes, para adiar a data de votação do mensalão.
Ali, uma entidade que se diz pública tornou-se mais do que privada. Virou particular, voz do dono, e não do público. Agora, escancara, sem qualquer constrangimento, que também é partidária. E ativamente partidária.
Absurdos que, no mínimo, desautorizariam a concessão feita há pouco mais de dois meses para que o Instituto Lula instale sua sede no centro de São Paulo, onde pretende construir o Memorial da Democracia.
A proposta do prefeito Gilberto Kassab, feita quando Lula e ele estavam prestes a selar casamento, prevê a exploração, por 99 anos, de um terreno avaliado hoje em R$ 20 milhões. Um vexame para Kassab, que, com a oferta oportunista, colocou seus interesses acima dos da cidade.
Se privatizar o Estado em benefício próprio e dos seus foi praxe de Lula durante o exercício da Presidência, não se poderia esperar ação diferente do Instituto que leva seu nome. Agora, em campanha eleitoral declarada, mostra, sem qualquer pudor, a que veio. Afinal, é do Lula e Lula tudo pode. E ai de quem contestar.
Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan
14 julho 2012
Urologista
Não tenho como deixar de publicar o comentário do leitor Fábio, no blog do Xico Sá.
"Definição de Urologista:
É o cara que olha para o seu pinto com desprezo, pega com nojo e cobra como se tivesse chupado."
É o cara que olha para o seu pinto com desprezo, pega com nojo e cobra como se tivesse chupado."
13 julho 2012
Caetano, 70 anos.
Algumas de suas posições políticas são altamente questionáveis, mas é, sem dúvida, um de nossos maiores poetas. E, pra mim, esta é uma de suas grandes poesias.
O Quereres
Caetano Veloso
Onde queres família, sou maluco
Ah! bruta flor do querer
Onde queres o ato, eu sou o espírito
Eu queria querer-te amar o amor
Ah! bruta flor do querer
Onde queres comício, flipper-vídeo
O quereres e o estares sempre a fim
O Quereres
Caetano Veloso
Onde queres revólver, sou coqueiro
Onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
Onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim
11 julho 2012
Demóstenes
Pra mim está claro que o discurso do Randolfe Rodrigues não foi escrito por ele.
Acho que ele nem leu antes.
Acho que ele nem leu antes.
10 julho 2012
A fé
Encontrei há alguns dias, no Facebook, alguns amigos trocando idéia sobre a fé. Matéria abstrata que é, não se presta a grandes afirmações, mas sim a algumas reflexões. E entre tantas, encontrei uma de Steven Weinberg (Prêmio Nobel de Física) que gostaria de dividir:
"Algumas pessoas têm uma visão de Deus tão ampla e flexível que é inevitável que encontrem Deus onde quer que procurem por ele. Ouvimos que "Deus é o supremo" ou que "Deus é nossa melhor natureza" ou que "Deus é o universo". É claro que, como qualquer outra palavra, a palavra "Deus" pode ter o significado que quisermos. Se alguém quiser dizer que "Deus é energia", poderá encontrar Deus num pedaço de carvão."
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